No início eles tinham medo e não saiam
de dentro de casa. Por mais que acreditassem nisso, ninguém fazia nada. Mas, de
repente, algo aconteceu e um pequeno grupo foi às ruas. Assim, durante uma
grande festa, em meio a pessoas de várias nacionalidades, nasceu um movimento
que mudou uma geração e transformou a história da nação. Na verdade, depois
daquele dia, o mundo nunca mais foi o mesmo. Eu estou falando do nascimento da
Igreja de Cristo, há dois mil anos, na festa de Pentecostes. Vou falar de outro movimento.
Tudo que tem acontecido no Brasil nas
últimas semanas me fez pensar no poder que o povo tem, quando se une em busca
de algum objetivo. Também fui às ruas, segurei a bandeira do Brasil, cantei, protestei
e acreditei. Naquele momento, eu podia ser apenas um, mas éramos milhões indo
na mesma direção. É claro que alguns vândalos misturados não tiram brilho do
que aconteceu.
Hoje vivemos num tempo em que é comum
termos vergonha de sermos brasileiros, vergonha de alguns pastores, de
políticos, de crentes e te tantas outras coisas. Em meio a vergonhas, parece
que decidimos ter coragem, voltar a sentir orgulho.
A Igreja aprendeu com Jesus que um protesto
pode ser pacífico e cumprir seus objetivos. No calvário, Jesus fez um protesto
de seis horas e reivindicou nossas vidas, nosso destino, nossa salvação. Ele
falou de amor, mesmo sem dizer nenhuma palavra. Seu cartaz tinha a forma de uma
cruz, na qual o pregaram. Sua mensagem para nós? Que nos amemos. Já se passaram
séculos e Suas palavras continuam ecoando pela Terra. A Igreja nasceu, cresceu
e nem as portas do inferno prevaleceram contra ela.
Não sei o que acontecerá de agora em
diante no Brasil, mas espero que isso aconteça também nas igrejas. Jesus orou “Para
que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles
sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste” (João 17:21). Jesus
pediu unidade, mas nós gostamos de dividir. Criamos novas igrejas,
departamentos, congregações, enfim, estamos sempre dividindo. Essa divisão deve
ser apenas organizacional, não espiritual. Podemos ter essas divisões e ainda
assim sermos o corpo de Cristo. Que o povo de Deus também saia dos bancos,
busque as ruas, alcance os corações, mas não com faixas, e sim com testemunho.
Se formos luz e sal, o mundo voltará a enxergar e sentirá o sabor da salvação.
Chega de corrupção, de
superfaturamento e de fraudes, mas vamos parar também com a incredulidade, com
as contendas e com a inveja. Honremos nossos pais e respeitemos nossos filhos.
Sejamos fiéis a quem amamos e dedicados na obra do Senhor. Como fazemos a diferença?
Vivendo aquilo que Jesus nos ensinou.
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