segunda-feira, 24 de junho de 2013

E DEUS SAIU PARA PROTESTAR

No início eles tinham medo e não saiam de dentro de casa. Por mais que acreditassem nisso, ninguém fazia nada. Mas, de repente, algo aconteceu e um pequeno grupo foi às ruas. Assim, durante uma grande festa, em meio a pessoas de várias nacionalidades, nasceu um movimento que mudou uma geração e transformou a história da nação. Na verdade, depois daquele dia, o mundo nunca mais foi o mesmo. Eu estou falando do nascimento da Igreja de Cristo, há dois mil anos, na festa de Pentecostes. Vou falar de outro movimento.  
Tudo que tem acontecido no Brasil nas últimas semanas me fez pensar no poder que o povo tem, quando se une em busca de algum objetivo. Também fui às ruas, segurei a bandeira do Brasil, cantei, protestei e acreditei. Naquele momento, eu podia ser apenas um, mas éramos milhões indo na mesma direção. É claro que alguns vândalos misturados não tiram brilho do que aconteceu.
Hoje vivemos num tempo em que é comum termos vergonha de sermos brasileiros, vergonha de alguns pastores, de políticos, de crentes e te tantas outras coisas. Em meio a vergonhas, parece que decidimos ter coragem, voltar a sentir orgulho. 
A Igreja aprendeu com Jesus que um protesto pode ser pacífico e cumprir seus objetivos. No calvário, Jesus fez um protesto de seis horas e reivindicou nossas vidas, nosso destino, nossa salvação. Ele falou de amor, mesmo sem dizer nenhuma palavra. Seu cartaz tinha a forma de uma cruz, na qual o pregaram. Sua mensagem para nós? Que nos amemos. Já se passaram séculos e Suas palavras continuam ecoando pela Terra. A Igreja nasceu, cresceu e nem as portas do inferno prevaleceram contra ela.
Não sei o que acontecerá de agora em diante no Brasil, mas espero que isso aconteça também nas igrejas. Jesus orou “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste” (João 17:21). Jesus pediu unidade, mas nós gostamos de dividir. Criamos novas igrejas, departamentos, congregações, enfim, estamos sempre dividindo. Essa divisão deve ser apenas organizacional, não espiritual. Podemos ter essas divisões e ainda assim sermos o corpo de Cristo. Que o povo de Deus também saia dos bancos, busque as ruas, alcance os corações, mas não com faixas, e sim com testemunho. Se formos luz e sal, o mundo voltará a enxergar e sentirá o sabor da salvação.
Chega de corrupção, de superfaturamento e de fraudes, mas vamos parar também com a incredulidade, com as contendas e com a inveja. Honremos nossos pais e respeitemos nossos filhos. Sejamos fiéis a quem amamos e dedicados na obra do Senhor. Como fazemos a diferença? Vivendo aquilo que Jesus nos ensinou.

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