quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

NUMA PARTIDA DE BOLICHE


Outro dia fui jogar boliche. Não que eu seja bom, nem que jogue sempre. Na verdade era a primeira vez que fazia isso. O jogo parecia simples. Arremessar uma bola pesada contra 10 pinos que estavam em pé no final da pista. Joguei e para minha surpresa, fiz um strike (quando os 10 pinos são derrubados na primeira jogada). Até aí tudo bem. Depois disso errei muitas bolas, mas derrubei muitos pinos também. Agora o que me deixava mais irado era quando apenas um pino ficava em pé. Eu “tinha” que dar um jeito de derrubá-lo. Como um pino tinha coragem de me desafiar? Será que ele não sabia que eu havia derrubado todos na primeira jogada? Era óbvio que nenhum pino permaneceria em pé comigo jogando. Mas, após cada jogada, independente de quantos pinos eu derrubasse, eles ficavam encobertos por algo e logo estavam todos de pé outra vez. Decidi jogar mais forte. Eu queria destruir cada pino. Consegui afundar o piso da pista e quase quebrei as bolas ao meio; derrubei muitos pinos e alguns, várias vezes. Porém, mesmo com toda minha força e inteligência, após várias estratégias de jogo e muito suor, lá estavam os 10 pinos no lugar. Sabe por quê? Os pinos estão fixos numa corda ligada a algo que identifica os que são derrubados e este “algo” levanta cada pino até que ele fique em pé novamente.
Você já jogou boliche? Talvez não como eu, mas num outro jogo (se posso usar essa expressão), eu e você éramos os pinos. O diabo, assim como eu, conseguiu derrubar todos na primeira jogada. Ele derrubou Adão e Eva na primeira. Foi o primeiro strike da história. E de lá pra cá ele derrubou muitos, e já fez isso conosco muitas vezes. Mas, como no boliche, os pinos caídos foram encobertos por algo. E esse “algo” não é uma placa com algumas propagandas, como na pista de boliche. Não era uma placa de plástico coberta de tinta. Nós fomos cobertos por sangue. O sangue puro que Jesus derramou na cruz por nós. E agora esses mesmos pinos foram levantados e estão seguros, pois sua fixação vem de cima. Sim, hoje estamos em pé apesar das investidas do inimigo. Podemos ser derrubados muitas vezes, mas sempre seremos erguidos novamente, pois “o justo pode cair sete vezes; mas de todas elas o Senhor o levantará”. Pv 24.16. e “Ainda que eu tenha caído, me levantarei...” Mq 7.8.
Sabia que o teu socorro vem do Senhor? Pois é, o meu também. Um socorro bem presente na hora da angústia, e olha que passamos algumas horas dessas não é mesmo?
Não importa como começou o jogo, nem quem está ganhando.
Esqueça tudo, pois a única coisa que importa é que no final, bem no final, os pinos estarão em pé, por mais que tenham sido derrubados durante o jogo. Por isso nunca solte de Cristo, é Ele quem nos mantém de pé e ligados a Deus, para sempre... Amém!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

UMA FLOR DE ESPERANÇA

          Duas cirurgias em sete meses. Uma já parecia muito, agora duas, em tão pouco tempo, foi difícil. Mal consigo comer e sinto muita fraqueza por causa das dores. Ficar assim me fez pensar um pouco na minha vida de casado.
          Eu nem acredito, mas neste mês de fevereiro faz um três anos que a minha oração mais ousada se tronou realidade e meu sonho mais impossível aconteceu. Tive coragem de dar o primeiro beijo "apenas" sete horas depois de pedi-la em namoro, pois antes fizemos nossa primeira oração juntos. Quatro meses de namoro, mais três de noivado. Rápido demais? Eu esperei por ela durante trinta anos e valeu a pena cada segundo. Nosso casamento foi simples e especial. Lembro da correria e dos preparativos, com tantas coisas para cuidar, mas nada foi tão difícil quanto cuidar das flores.
          Lindos arranjos de rosas vermelhas com uns matinhos verdes. Foi um fim de semana quente e eu me comprometi de cuidar pessoalmente da decoração. Mas as flores não podiam ficar no calor, pois estragavam, nada de vento, senão elas murchavam, muito tempo no carro, e elas já eram. Eu as levei numa pick up sem ar condicionado até Jaraguá do Sul (o casamento aconteceu lá).
          Cuidar do casamento dá mais trabalho do que cuidar de um arranjo, mas a alegria de ver um sorriso nos lindos lábios da mulher que disse SIM pra mim, que acreditou nas minhas palavras, compensa todo cuidado. O casamento, frágil no início, cresce como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, que dá seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem.
          Flores não deviam murchar, mas elas murcham. São tão lindas quanto frágeis, tão atraentes quanto sensíveis. As mais belas também estão entre as que requerem mais cuidados. O que fazemos? Cuidamos da flor que Deus confia a nós ou compramos flores artificiais. São lindas, mas sem vida, fáceis de cuidar e podem ser trocadas, mas nunca precisarão de você realmente.
          Conheço pessoas assim. Elas têm relacionamentos como uma flor de plástico, perfeitos, mas descartáveis. A forma como um casal inicia o namoro vai refletir no casamento, assim como a maneira de cuidar do terreno vai refletir na qualidade da flor ali plantada. Pense em como iniciou o seu relacionamento atual. Foi com um beijo ou uma oração, com uma conversa ou uma mentira. Deus instituiu a lei da semeadura, e você está preparado para colher o que tem plantado?
          Alguns têm com Deus esse tipo de relacionamento. Cuidam da fé como se ela fosse uma "linda rosa de tecido". Ir ao culto, ter uma Bíblia (ou várias) e pronto. Ser dizimista e amigo do Pastor, fazer algo na igreja e usar um terno bem alinhado. Na verdade nós temos apenas que nascer de novo. Isso mesmo, morrer para o mundo e nascer para Deus. É preciso ter vida e vida em abundância que só vem de Jesus. Nossa vida, amizades, namoro e casamento devem ser nutridos pela única fonte de vida eterna, que é Jesus Cristo.
Já reparou que em festas usamos flores naturais, enquanto os cemitérios estão sempre cheios de flores de plástico? Que contraste entre a vida e a alegria daquelas, com a morte e a artificialidade destas.
          Por fim, ouça estas palavras (eu gostaria que você não soubesse quem as escreveu): "Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto viverá; e todo aquele que vive e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?" Eu creio no Senhor e o mais importante é que Ele acredita em nós. Isso mesmo, Ele acredita em você! Afinal, essa frase é de Jesus.
          Dois anos e meio casados. De todos os presentes de casamento que ganhei, Deus me deu o melhor. Se Ele fez assim comigo, não precisa ser diferente contigo. Talvez você já tenha perdido a chance de começar certo, mas ainda pode terminar bem. E nada acaba até que Deus diga que acabou.